Na Era do Conhecimento, selecionar os profissionais certos e dar a eles as condições para maximizar o desenvolvimento e a utilização de seus talentos e competências para atingir resultados superiores torna-se tarefa prioritária das lideranças.
É claro que diante deste desafio surgem questões naturais e fundamentais:
- Como escolher as pessoas certas? Qual o perfil ideal?
- Como reconhecer e desenvolver pessoas vencedoras?
- Como superar os conflitos oriundos de pessoas diferentes frente a um objetivo comum?
Entre tantas outras, estas perguntas devem ser coerentemente respondidas para o sucesso das estratégias empresariais, que somente se tornam realidade através de seres humanos.
Para escolher o indivíduo certo devemos considerar: Competência, Pertinência e Atitude. Assim, a pessoa mais adequada para um cargo/função será a que apresentar o maior resultado na equação Competência + Pertinência + Atitude.
Competência e Pertinência nos dizem se estamos colocando, tecnicamente, profissional certo no lugar certo e Atitude nos diz se estamos colocando nesta posição, um profissional cujo comportamento (aspecto psicológico) vai trazer os resultados esperados. Muitos enganos ocorrem aqui, quando os aspectos comportamentais são deixados em segundo plano. Não é difícil encontrarmos um indivíduo tecnicamente adequado, mas emocionalmente despreparado, ocupando uma posição estratégica na organização e comprometendo gravemente os resultados.
Com respeito ao perfil ideal - que varia conforme os pré-requisitos de cada área -, uma vez atendidos, devem ser complementados por um profissional que possua: caráter, transparência, ética, humildade (não confundir com submissão) e senso de missão pessoal e profissional - um objetivo claro a atingir.
Já reconhecer e desenvolver pessoas vencedoras é uma arte que envolve muitas nuances. Em suma, considere que ela é, com frequência, uma pessoa empreendedora e que se move em função de princípios e valores claramente estabelecidos. Uma pessoa vencedora reconhece que sucesso é um esporte coletivo e, por isso, sabe somar sua competência às de outros para atingir objetivos e sabe aceitar a competência dos outros na mesma direção. Em termos bem brasileiros: um jogador vencedor joga bem sozinho e em equipe, mas compreende que apesar de confiar na sua capacidade individual, para conquistar um bom resultado terá que contar com todos os seus companheiros. Em situações de definição prefere "passar a bola" para alguém em melhores "condições de gol" a partir para o preciosismo de um lance individual e correr o risco de comprometer o jogo. Já se não houver alguém melhor posicionado, apesar de todas as dificuldades vai à frente, em busca do gol!
A quarta pergunta resume o fundamental desafio da liderança: fazer com que indivíduos diferentes submetidos a uma visão compartilhada trabalhem por um objetivo comum, buscando diminuir os aspectos negativos oriundos dos conflitos.
Observe que me refiro aos aspectos negativos dos conflitos porque também existem aspectos altamente positivos. É do conflito de ideias, às vezes totalmente antagônicas, que surgem as soluções mais criativas. O conflito é bom quando ocorre temporariamente no campo das ideias, mas é péssimo quando ocorre com frequência no campo dos relacionamentos.
Um líder deve ser um mentor que, com seu exemplo e habilidade interpessoal, faça com que cada um dê o melhor de si em favor da realização do "sonho coletivo". Eis o verdadeiro desafio do líder.