sábado, 24 de julho de 2010

O chefe comunica, o líder explica

Você dirige alguma equipe? Considera-se um bom gestor, mas deseja tornar-se um líder eficaz? Pois, saiba que muita gente que ocupa cargo de direção acaba acomodando-se e se achando o rei da "cocada preta". Daí, o tempo passa e quando acorda para a realidade já é tarde demais e o recomeço é quase sempre cruel.

Você, por exemplo, já trabalhou ou atua em alguma empresa em que o seu superior, quando tem que comunicar mudanças, começa a reunião mais ou menos assim: "Bom dia. Hoje temos um importante comunicado a fazer: a nossa diretoria resolveu que devemos a partir de agora..."? Ou, então, assim: "Bom dia. O nosso gerente geral achou por bem mudar a nossa política comercial a partir de hoje"?

Para esse tipo de gente, a responsabilidade pelas mudanças nunca é sua e sim dos superiores. É um chefe do tipo bom camarada, amigão, boa praça. Procura estar sempre ao lado de seus subordinados em festas, almoços, jantares, confraternização etc. Nunca contraria as vontades coletivas dos subordinados e recorre às "amizades", para saber como anda o seu prestígio.

Normalmente, é bem articulado e hábil comunicador. Ele sabe usar a energia e o entusiasmo para convencer a sua audiência. Fala tudo que acontece e que a equipe quer ouvir, mas quase ninguém dá a mínima para o que ele diz e quase nada acontece. Ele não costuma cuidar bem dos processos, daí a área que dirige ser desorganizada, visto que todos tentam resolver tudo, quase ninguém se entende e os conflitos são comuns. Além do mais, ele vive "apagando incêndio" e quando cobrado pelos superiores tem sempre uma boa justificativa, na ponta da língua, para explicar suas ineficiências.

Esse tipo de gestor está sempre pronto para comunicar as mudanças, mas nunca está disposta a explicá-las. Além disso, o insucesso é culpa dos outros e as boas ideias sempre são suas. Como nem sempre está atento para aprender com as mudanças, dificilmente tornar-se-á um líder. O mais provável é que continue agindo como o chefe de sempre. Afinal de contas, nos ensina Croft M. Pentz: "A pessoa torna-se sábio, observando cuidadosamente o que acontece quando ele não é".

Para evitar a arapuca dos que se acham acima do bem e do mal e se tornar um líder vencedor e admirado, o gestor deverá agir com sabedoria, recorrendo aos seguintes princípios:

1. Explique detalhadamente o que pretende, mas não diga como a tarefa deverá ser realizada - As pessoas inteligentes não acreditam em mensagem que são comunicadas. Elas desejam entender a razão das mudanças.
2. Use o conhecimento e não a hierarquia - Pessoas inteligentes não se impressionam com títulos.
3. Diga o que fazer, mas não como quer que seja feito - Pessoas inteligentes gostam de ser desafiadas, encontrar os seus próprios caminhos e se sentirem úteis.
4. Identifique talentos abandonando velhos paradigmas - Não se impressione com os candidatos de boa formação. Nem sempre as pessoas com mais capacidade de agregar valor são aquelas melhor educadas ou com mais títulos.

O fato é que os chefes comunicam já os líderes explicam. Pense nisso!

Autor(a): Evaldo Costa

Os dez mandamentos da motivação

O artigo abaixo é de Rudson Borges, com certeza um ótimo texto aproveitem a leitura!

"As pessoas dizem frequentemente que a motivação não dura. Bem, nem o banho - e é por isso que ele é recomendado diariamente" (Zig Ziglar). Imagine que em uma equipe de vendas externas existam dois profissionais: João, um excelente profissional que domina técnicas, tem uma fantástica oratória e poder de persuasão, mais além: ele é bom e sabe disso. Antônio vende os mesmos produtos; inclusive, teve os mesmos treinamentos. Ele é um tanto quanto "limitado", tem muitos bloqueios, crenças limitantes e medos. É gago e tímido.

João espera as coisas acontecerem, não corre atrás de metas, não se preocupa em encantar e fidelizar os seus clientes. Já Antônio, dedica-se e dá o seu melhor, afinal, ele sabe que se não é possível vencer pelo talento, o esforço "quebra o galho". João tem muito "atributos", mas lhe falta o que sobra a Antônio: MOTIVAÇÃO (e isso faz a diferença). Não estou dizendo que não se precisa de talentos, ao contrário. Criativos, empreendedores, bons líderes, ótimos vendedores e excelentes comunicadores são geralmente os mais ricos do mundo. Apenas afirmo que talento sem motivação é desperdício, é como um rei sem coroa.

Pense: se um incompetente motivado é capaz de grandes feitos, o que não pode fazer um competente motivado? De acordo com Maslow, considerado por muitos o "pai da motivação", todas as pessoas querem: ter mais dinheiro, boa saúde, longevidade, felicidade, estima e aceitação, paz de espírito, segurança, entre outros. Abaixo citarei o que eu classifico como os dez mandamentos da motivação, todos são importantes e se interligam. Confira:

1. Não seja um procrastinador
Não adie as tarefas de hoje. Também não adie suas decisões. Faça isso por você. Evite acumular afazeres, pois alguns tentam dedicar-se a muitas coisas ao mesmo tempo, além de estressante, é um convite para o fracasso.

2. Comece algo e termine
Lembro-me de uma ocasião em que passei algumas horas escrevendo um artigo e o computador "travou". Perdi tudo e não fiquei nada feliz. Eu havia começado, mas o final era a minha motivação. Se você começar algo, termine, a menos que o sentimento de frustração seja bom para você.

3. Confie em você mesmo
Ao atender centenas de pessoas e empresas, detectei diversos casos em que sobrava capacidade, mas faltava confiança. Há ocasiões que o segredo do êxito é apenas "confiar no seu taco" e ter "bala na agulha". A PNL nos ensina ao dizer que: "Todos possuem os recursos que necessitam, basta acessá-los". Fale em alta voz: "Sim, eu posso. Eu me permito. Eu vou".

4. Valorize o que realmente importa
Defina suas metas, suas prioridades e valores. Equilibre seu tempo, não viva só para o trabalho, por exemplo. Desfrute de momentos felizes ao lado de seus familiares. Pratique atividades físicas, leia bons livros, ouça boas músicas, exercite a sua fé.

5. Tenha grandes planos
Você quer ser grande? Ande com os grandes. Quer ter grandes realizações e um grande sucesso? Tenha objetivos e metas, e corra atrás. Não seja medíocre.

6. Agradeça sempre
Pense nisso: "Sempre reclamei dos meus sapatos, até que um dia, ao dobrar uma esquina, avistei um homem sentado sem os dois pés". Reveja seus conceitos de necessidades.

7. Ame-se muito
O maior amor que podemos sentir é o amor próprio. Este sentimento profundo acerca de nós mesmos nos fará amar incondicionalmente o próximo e o Arquiteto do Universo. Quando temos uma boa autoestima nossos relacionamentos são mais saudáveis.

8. Não tenha medo de fracassar
O fracasso é uma ação, não é uma pessoa. É apenas uma oportunidade de fazer diferente, de recomeçar de outra forma. Portanto, mesmo que você caia, levante-se com classe, e saiba que os tombos te ensinarão novas manobras.

9. Seja disciplinado
Nem sempre é possível fazer o que se quer. Nem todos ganham o quanto gostariam ou fazem o que sabem ou amam. Disciplina é plantar para colher, só que o plantio é árduo. A disciplina transformou um camelô em um dos maiores empreendedores do mundo.

10. Persista, persista, persista
Olhe para seu alvo, fixe os olhos nele e prossiga até tocá-lo. Será fácil? É bem provável que não, mas ainda que você seja surrado, não seja nocauteado. Fomos criados para sonhar e são eles - os sonhos - que abastecem a nossa alma. Não venda os seus sonhos, não desista deles, não deixem roubá-lo de você.

Lute sempre!

10 razões para se manter motivado no trabalho

Quando o assunto em pauta é motivação corporativa, muitos profissionais reportam seus pensamentos, quase que automaticamente, aos processos ou aos programas que são implementados pelas empresas em que atuam. Alguns se sentem satisfeitos com as ações adotadas pela empresa em que atuam. Mas, há quem se mostre insatisfeito e afirma que trabalhar naquela organização não atente às suas expectativas. Até aí, nada de novo, afinal existe o livre arbítrio e cada indivíduo, teoricamente, sabe o que é ou não bom para si. Mas, será que os estímulos motivacionais devem partir unicamente das corporações ou os colaboradores também precisam fazer a sua parte?
Afinal vale lembrar que a motivação também parte de dentro para fora de cada pessoa e se isso não ocorre, não adianta ficar frente a frente com pacotes de benefícios atraentes, salários acima da média e programas de qualidade de vida. Todas essas ações parecerão inúteis e sem valor algum, caso a própria pessoa não busque a auto-motivação. Abaixo seguem algumas sugestões para fazer uma autocrítica às suas ações e buscar alternativas simples que podem ser adotadas diariamente, mas que podem auxiliar a qualquer pessoa a se sentir mais "leve", inclusive no ambiente de trabalho.

1 - Não veja a noite do domingo como se fosse uma contagem regressiva para enfrentar um verdadeiro calvário. Inúmeras são as pessoas que ao verem o início do Fantástico começam a ficar estressadas porque na manhã seguinte terá que iniciar mais uma semana de trabalho. Mentalize o que você fez de bom no final de semana: os momentos com a família, as conversas com os amigos ou mesmo lembre a cena de uma comédia que assistiu e lhe garantiu muitas risadas.

2 - Começa a jornada de ida ao trabalho e milhões de trabalhadores enfrentam trânsitos caóticos. Quem está no seu carro pode optar por ouvir uma música relaxante no percurso até chegar à empresa. Para os que dependem de coletivos, sempre é possível fazer amizades com quem está ao seu lado e quase que diariamente pega a mesma condução naquele horário. Isso pode render uma conversa descontraída e deixá-lo de bom humor para "enfrentar" um dia de trabalho cansativo.

3 - A correria do dia a dia faz com que a maioria das pessoas sinta-se no automático. Isso faz com que se faça o mesmo percurso e já torne a ida ao trabalho uma verdadeira chatice. Tendo oportunidade, vez ou outra, faça um trajeto diferente. Caso possa ver o mar ou mesmo um parque até chegar ao trabalho, você verá o quanto deixa de observar detalhes agradáveis como crianças indo à escola, pássaros que cantam e esperam apenas seu olhar para admirá-los, e até mesmo pontos turísticos de sua cidade que você nunca parou para ver os detalhes.

4 - Chegou à empresa? Ótimo, afinal teoricamente você está ali para cumprir suas atividades e sua remuneração que garante a sua sobrevivência, dependerá disso. Se você recebe por aquilo que faz, então, tem seu valor. Essa já é uma razão para se sentir motivado em exercer sua profissão. Diga a si próprio: "Eu tenho meu valor".

5 - Pesquisas revelam que as primeiras horas do expediente da "segundona" registram o maior índice de enfartos no ambiente de trabalho. Isso porque as pessoas sentem um impacto forte ao voltarem à empresa e verem as responsabilidades e as cobranças que serão feitas ao longo do dia e da semana que se apenas começou. Vale um lembrete: priorize o que realmente é urgente e realize suas atividades com moderação. Nada vale mais do que sua saúde.

6 - Já na empresa, a correria começa. Mas, uma organização não é feita apenas de máquinas ou números. O local onde você trabalho possui pessoas como você: com sonhos, com necessidades específicas e que fazem parte da sua vida. Afinal, você passa boa parte da sua vida ao lado dos seus pares. Aproveite os momentos do cafezinho, do almoço para estar ao lado das pessoas que mais se identifica e cinco minutos de uma conversa que não envolva assuntos relacionados ao trabalho, podem aliviar as tensões diárias.

7 - Se seu gestor está em um dia agitado, leve até ele apenas questões urgentes e que não podem ser resolvidas por você. Tome a iniciativa de solucionar questões que lhe são familiares. Isso agregará um diferencial à sua performance.

8 - Quem busca a auto-motivação procura ir ao encontro de energias "positivas". Evite, então, contaminar-se pelo pensamento das pessoas que sofrem a chamada Síndrome de Hardy - aquela hiena do desenho animado, que se lamenta a cada segundo e diz repedidas vezes a tradicional frase: "Ó vida, ó azar". O pessimismo é contagiante se não estamos alertas e nos defendemos dele.

9 - Auto-motivação exige que o profissional tenha iniciativas próprias e não fique de braços cruzados, esperando que a empresa ofereça estímulos diários. Se você escolheu uma profissão, mantenha-se atualizado com o que ocorre na sua área. Assim, o profissional torna-se um diferencial não apenas para a organização que atua, mas também para si mesmo. Afinal, que busca informações e está em constante processo de evolução aumenta suas chances de empregabilidade em um mercado cada vez mais exigente.

10 - Geralmente, quando as pessoas ficam frente a frente com novos desafios é normal que sintam receio. Isso ocorre em qualquer área de atuação e profissionais das mais variadas faixas etárias. Desafios surgem para servem vencidos e mesmo que você cometa erros, aprenderá algo. Lembre-se que as dificuldades sempre aparecerão no seu caminho, mas nada como um dia após o outro para ir ao encontro de conquistas. Lembro-me de um antigo ditado que ouvia quando criança: "Quem tem tu, é tu mesmo!". Ou seja, só você pode dar um rumo melhor à sua vida, seja no campo profissional ou pessoal.

Autor(a): Patrícia Bispo - Rh.com.br

15 indicadores de uma equipe desmotivada

Mais do que nunca, a motivação dos profissionais tem sido considerada a mola propulsora para a sobrevivência das empresas. Contudo, mesmo diante de um mercado extremamente competitivo, de possíveis "surpresas" econômicas, dentre outros fatores que interferem no universo organizacional, é indispensável manter os colaboradores engajados, motivados a alcançarem e superarem metas. Mas, nem sempre as organizações estão atentas para o clima e quando reconhecem que algo errado ocorre, fazendo uma analogia ao histórico trecho da obra "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões, que revela a trágica morte de Inês de Castro: "Agora é tarde. Inês é morta". Por isso, nada mais sensato do que ficar de olhos abertos para identificar se uma equipe apresenta ou não sinais de desmotivação. Confira alguns desses sinais que listo abaixo.

1 - Presença constante de conflitos entre os membros da equipe, muitas vezes por motivos banais.

2 - Queda do desempenho dos profissionais. Os resultados individuais, bem como os coletivos não são positivos como antes.

3 - Índice acentuado de rotatividade dos talentos.

4 - Absenteísmo constante e em muitos casos, as faltas dos profissionais não são justificadas.

5 - Ausência de comunicação eficaz entre os membros da equipe.

6 - Ambiente pouco amigável, aonde a maioria das pessoas preferem o silêncio.

7 - Relacionamento fragilizado entre líderes-liderados.

8 - Ausência de propostas dos gestores, para o desenvolvimento dos liderados.

9 - Falta de estímulo dos colaboradores para participarem de atividades promovidas pela organização.

10 - Profissionais explicitamente na zona de conforto e contrários aos processos de mudança.

11 - Quando o nome de outra empresa é citado na sala, os profissionais ficam atentos e os olhos "brilham".

12 - Fortalecimento da "rádio peão", pois os boatos valem mais do que as informações repassadas pelos gestores.

13 - Descrédito dos funcionários em relação às ações adotadas pela organização.

14 - Ausência de criatividade nas atividades dos profissionais.

15 - Receio dos colaboradores em apresentarem sugestões, ideias inovadoras porque pensam que não serão levados a sério e tampouco terão seus talentos reconhecidos.

Autor (a): Patrícia Bispo - Rh.com.br

sexta-feira, 23 de julho de 2010

10 motivos para enfrentar os desafios no trabalho

Olá Pessoal, estamos passando por mudanças em nossa empresa e gostaria de compartilhar com vocês o o artigo de Patícia Bispo do Rh.com.br que fala justamente do momento em que estamos passando...Boa leitura!

Geralmente, quando o ser humano depara-se com o novo a primeira reação pode ser a resistência à mudança, pois não é fácil sair da Zona de Conforto. Mas quando isso se revela através de um desafio dado pela empresa a um funcionário, essa situação pode ser vista de duas formas pela pessoa. A primeira como uma razão para colocar as mãos na cabeça e dizer a si: "Não vou conseguir. Estou encrencado". A segunda alternativa é ver um trabalho desafiador como uma ótima chance de crescimento tanto pessoal quanto profissional. Abaixo listo 10 bons motivos para que os colaboradores não vejam as atividades desafiadoras como um bicho de "sete cabeças".


1 - Quando alguém recebe um desafio, uma meta que precisa ser alcançada, ela é convidada a sair da chamada Zona de Conforto - responsável pela estagnação de talentos e podação do desenvolvimento humano.

2 - Ao ser convidado a participar ativamente de um trabalho desafiador, a pessoa observa que o seu potencial pode ir muito mais além do que ela mesma imagina e com isso, busca novos horizontes tanto pessoais quanto profissionais.

3 - Um desafio, quando bem confiado à pessoa certa, faz com que o profissional sinta-se valorizado pela organização. Afinal, o colaborador verá na prática que ele contribui para o crescimento e o sucesso do negócio.

4 - Ter a responsabilidade de desenvolver um trabalho desafiador significa que a empresa e o gestor confiam na capacidade do profissional. Isso estimula a motivação e aumenta a autoconfiança do indivíduo em si mesmo.

5 - Quem recebe um desafio no trabalho não deve considerá-lo como um obstáculo, mas sim como uma oportunidade de desenvolvimento. A partir dessa visão, o profissional tem a chance de desenvolver novas competências e aprimorar as que já "domina".

6 - O profissional que se vê diante de um desafio desenvolve a capacidade de superação. Quando isso ocorre, passa a se auto-avaliar antes mesmo que alguém o faça.

7 - Nada como colocar em prática o que foi "ensinado". Quem coloca o conhecimento que adquiriu, ao receber uma nova atividade desafiadora torna-se mais competitivo e mais maduro para enfrentar e superar possíveis problemas que surjam no caminho.

8 - Receber um desafio é ter a chance de mostrar o seu talento, sua capacidade de adaptação às mudanças. E ao concluir o trabalho, o profissional pode ter aberto as portas para o reconhecimento e, consequentemente, até mesmo ser cogitado para uma ascensão na empresa em que atua.

9 - Quando se supera um desafio, o profissional está preparado para enfrentar outras situações inesperadas porque evoluiu. Com o amadurecimento, a pessoa abre um novo leque para o desenvolvimento da carreira, além de aumentar a própria empregabilidade em um mercado cada vez mais competitivo.

10 - Caso o desafio seja dado a uma equipe, esse é um ótimo momento para estreitar relacionamento com seus pares, fortalecer a integração com os demais e estimular a troca de conhecimento. Isso porque, se alguém aprende com sua experiência a recíproca também é verdadeira.

sábado, 17 de julho de 2010

O Futuro do Emprego e o Emprego do Futuro

O artigo abaixo é do Ivam Postigo, que me chamou muito a atenção e gostaria de compartilhar com vocês, pois é um tema muito importante nos dias de hoje. Boa leitura!

Houve uma época em que o homem imaginava o futuro como algo brilhante. Não só no sentido de uma vida melhor, afinal todos nós trabalhamos para isso, mas porque tudo tinha brilho. Roupas, carros, móveis, espaçonaves. Predominava o material prata e seus reflexos. Basta assistir os filmes de algumas décadas, de Perdidos no espaço, passando por 2001 até o E.T. Todos têm algo reluzente.

Imaginava o homem receber seu jornal, em sua cadeira de leitura, da boca de um robô-cão. Hoje, a realidade, é que pode lê-lo na internet ou recebê-lo do velho Totó, que o trás envolto em baba.

A mulher teria robôs limpando a casa para que pudesse preservar a juventude e elegância. Esses robôs não só não estão a venda como sua jornada aumentou.

Carros? Ah, os carros! Seriam como dos Jetsons. Hoje, os temos com alguns aspectos aperfeiçoados, mais confortáveis e seguros, mas longe das tão sonhadas máquinas voadoras.

O mundo não mudou? Sim, claro que mudou, mas sem as fantasias imaginadas para o ano 2.000.

Estávamos conversando com alguns empresários quando um deles disse: - Não consigo contratar torneiros mecânicos. Ninguém responde meus anúncios.

Essa queixa recebeu apoio de outros que nos acompanhavam.

Um profissional que estava conosco, sem grande envolvimento no setor mecânico, pensando em estender a conversa disse: - Essa é uma profissão em extinção.

Metralhado pelos olhares ouviu: - Extinção coisa nenhuma, quem você acha que usina as peças dos produtos que você compra?

Ora, quem diria, no mundo da rápida obsolescência, precisamos do velho e sempre atual torneiro mecânico!

Que tal o sapateiro? Já não existem mais? Claro que sim, apenas com novas roupagens, instalados nos shoppings!

A tesoura não corta, o cabo da panela caiu, e agora? Joga fora e compra outra ou ainda há conserto? Quem o fará?

Ninguém mais quer trabalhos braçais e manuais, todos querem ser doutores. Será?

Meus amigos queriam ser contadores, economistas, médicos, advogados, e se tornaram. Muitos acham que os filhos devem procurar outras profissões pela saturação das áreas em que atuam.

O cozinheiro, profissão que era escolhida por poucos, hoje com melhor direcionamento, virou chefe, e o homem pôs os pés na cozinha. A mulher, sem seu robô para os cuidados do lar, decidiu por os pés no escritório, as mãos no volante do taxi, do ônibus e do caminhão.

Na direção da empresa não dizemos mais meu chefe, mas minha chefe. Lá está a mulher no comando.

Inversão de papéis? Ora, se quiser chamar assim tudo bem, mas na minha ótica é emprego.

A palavra emprego quer dizer ato de empregar ou aplicação, não reserva de situação. O emprego supre necessidades.

Vamos refletir um pouco:

O homem tem necessidades a serem supridas, para isso irá em busca de pessoas com aquele conhecimento específico. Pronto, a necessidade gerou um trabalho.

Esse trabalho gera demanda para aplicação – prefiro emprego- de conhecimento para atendimento às necessidades.

Esse ciclo, necessariamente, gera cargos e empregabilidade fixa? Não obrigatoriamente.

Qual o futuro dessa empregabilidade? Como tudo na vida será cíclico, atendendo momentos e modas.

A empregabilidade deve atender o conceito da adaptabilidade e geração de necessidades para ter futuro.

Dentistas, hoje, trabalham mais na correção dos dentes do que na extração. Mecânicos mais em revisões e pequenos consertos que reformas.

A evolução do conhecimento não tem tornado obsoleta as profissões, mas os profissionais.

Quando telefono para o encanador ou bombeiro – a denominação é diferente em algumas regiões – recebo um profissional que já traz um arsenal de peças, e em minutos realiza o conserto. Um prático? Não, na nossa região um engenheiro, que têm uma empresa de manutenção predial e presta um serviço nota mil.

O velho guarda-livros virou contador, deixou os escritórios, ganhou importância nas empresas e está de volta, atendendo em suas instalações, terceirizando o emprego do conhecimento. Com isso, muitas empresas que não terceirizam estão sentindo falta de pessoas capacitadas para atendê-las.

O futuro da empregabilidade, que voltou para casa, atuando em terceirização, está gerando a empregabilidade do futuro. O mercado criará, sem dúvidas, uma forma de tratar a questão, adequando-se à versão já conhecida e resgatando-a ou adaptando-se a um novo conceito.

E o caixeiro-viajante que virou vendedor e foi ameaçado pela internet? Este a usa e considera um extraordinário recurso de apoio e alavancagem de seus resultados.

E a velha-lábia? Esta se tornou oratória e o transformou em um comunicador.

Empresas, cada vez mais, estão necessitando de profissionais que apresentem seus produtos com clareza, pois a massa de informações já não permite que o consumidor e cliente sejam atraídos com facilidade.

O vendedor já não pode ser um prático, precisa ser um estudioso da arte do marketing e da comunicação.

Emprego e empregabilidade sempre existirão para o conhecimento que encontra aplicação atendendo uma necessidade.

Ao profissional cabe decidir que conhecimentos quer ter para ter empregabilidade.

Ivan Postigo

Diretor de Gestão Empresarial - Postigo Consultoria